ECC

A Escola de Comunicações Culturais (ECC), nome original da atual Escola de Comunicações e Artes (ECA), foi criada em pleno Regime Militar (1964-1986), tendo sido gestada em meados de 1965 por uma comissão de dez professores da Universidade de São Paulo (USP). O Decreto 46.419 de 15 de junho de 1966, do então governador do Estado Laudo Natel, assinado por Antonio Delfim Neto, Secretário da Fazenda, e pelo reitor Luís Antônio Gama e Silva, criou então oficialmente a instituição.

A ECC preencheu um importante espaço na vida artística e cultural da cidade de São Paulo, oferecendo cursos superiores inéditos, como o de Rádio e TV, de Relações Públicas e de Teatro, além de outras áreas do conhecimento como Jornalismo, Cinema, Biblioteconomia e Documentação. A ECC também anexou a Escola de Arte Dramática (EAD), criada por Alfredo Mesquita em 1948 e que se propunha a profissionalizar o teatro brasileiro. A EAD se fundamentava no tripéformação cultural, fundamentos teóricos e trabalho de interpretação. Ela teve fundamental importância na criação e na consolidação do Departamento de Artes Cênicas da ECC, pois a maioria de seus professores lecionava tanto no curso superior quanto na EAD.

Em sua trajetória, o ECC passou por diversas mudanças na sua estrutura física e na sua organização curricular. Em 1969, o Decreto nº 52.326 oficializou a mudança do nome para Escola de Comunicações e Artes. Além disso, os cursos de Artes Plásticas e de Música passaram a ser oferecidos. Nesse mesmo ano, diversos docentes da USP, incluídos vários da ECA, passam a sofrer perseguições políticas, o que culmina com cassações e aposentadorias compulsórias amparadas pelo Ato Institucional no. 5, decretada pelo governo militar.

 

 

 

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